3 de fevereiro de 2023

Meu filho e seu desenvolvimento atípico

 

Meu filho e seu desenvolvimento atípico

A suspeito de desenvolvimento atípico de meu filho era uma sombra que me acompanhava desde quando ele tinha em torno de oito meses de idade – mas ultrapassar a fase de negação não é tão fácil assim. Exige um “empurrão” externo e esse texto é exatamente sobre isso.

Luccas iniciou a vida escolar aos 2 anos e passado o período de adaptação, fui chamada pela Coordenadora Pedagógica da educação infantil para conversar por causa de seu desenvolvimento. Ela fez algumas perguntas diretas, como: por que aos 2 anos ele ainda não anda? Já pesquisou à respeito? E quanto a fala? Qual a opinião do pediatra? – informei que o pediatra dizia que “Luccas estava no tempo dele”… frase que me dá calafrios até hoje.

Contudo, é inevitável se deparar com questionamentos do tipo “será falta de estímulo? Ou algo mais sério como autismo?” Saí da escola feito uma barata tonta pois aquela pessoa verbalizou as questões que eu não tinha coragem de confrontar – pelo medo da resposta.

Depois do choque, a reação

Em situações de choque nós temos três opções: congelar, agir ou correr. Como optei pela segunda busquei novo pediatra na esperança de respostas às questões que tanto eu quanto a escola havíamos identificado.

Em casa, após receber muito estímulo motor e de forma cambaleante Luccas finalmente andou. Com o passar do tempo, pude identificar que a dificuldade psicomotora fazia parte de seu desenvolvimento atípico.

O desenvolvimento da linguagem oral levou mais tempo – ela iniciou aos 4 anos, de forma bastante precária, onde Luccas verbalizava as palavras sem formar frases (isso levou beeem mais tempo).

Em suma, a lição que aprendi com toda essa experiência é que temos que reconhecer o papel fundamental da Educação Infantil na vida de nossos filhos. Por isso, agradeço até hoje às professoras e coordenadora por “soarem o alarme” – o que permitiu o acesso às intervenções de forma imediata. Veja depoimentos de pais em nossa página /#depoimentos

Mas esse é um assunto que fica para outra conversa…

https://sbni.org.br/wp-content/uploads/sites/2/2019/09/1568137484_livreto_alta.pdf