É Brincando que se aprende
As brincadeiras, tecnicamente chamadas de “atividades lúdicas” são fortes aliados ao desenvolvimento das crianças tanto típicas quanto atípicas. Ao contrário do que muitos pensam, brincar não é perder – mas sim ganhar – tempo. Tempo de convivência com nossos filhos, tempo de identificar e trabalhar as reações deles diante dos desafios propostos (muitas crianças atípicas apresentam extrema dificuldade em aceitar “perder” nas brincadeiras). Relembrar nosso tempo de infância onde o jogo era acompanhado de muitos momentos divertidos é o retorno mínimo que temos quando lançamos mão dessa estratégia. Brincar envolve prazer, leveza e todo aprendizado fica implícito nas entrelinhas.
Como tudo na vida exige equilíbrio, um cuidado que nós pais de crianças atípicas devemos ter é o de não exagerar na questão da estimulação, ou seja, enquadrar as brincadeiras sempre num contexto com finalidade de estimulação. Respeitar a criatividade da criança, deixar ela livre para propor a brincadeira, “entrar” em sua sintonia, transformar uma simples caixa num brinquedo interessante (motivo de frustração para muitos pais – “Se eu soubesse, teria comprado só a caixa!” muitos de nós já dissemos essa frase) e até propor momentos de “ócio criativo” compõe estratégias que propiciam uma infância saudável do ponto de vista emocional. Lembrando sempre que a estimulação cognitiva e psicomotora é importantíssima, deve ser realizada nos momentos oportunos e mais especificamente nas terapias especializadas. Equilíbrio é essencial para todo o processo de desenvolvimento. Portanto, respeite a forma de brincar de seu filho – mesmo que ela não faça o menor sentido para você.
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